6 de agosto de 2010

Desmatamento em assentamentos é tema de estudo

O estudante do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Helton Luiz da Silva Campos, apresentou na quarta-feira (05) a sua dissertação, cujo título é "Assentamentos Rurais desmatam mais do que outras propriedades rurais em Mato Grosso? Verdade ou mito? - Um diagnóstico do desmatamento em assentamentos rurais localizados na biota amazônica no período de 1995 a 2007".

Helton pesquisou, durante todo o tempo do mestrado, uma área que corresponde a 54% do estado. Na biota (conjunto de seres e vegetação de uma região) estudada pelo pesquisador, 153 Projetos de Assentamentos (P.A) foram selecionados para a análise, que tinha como um dos critérios a exigência de que estes fossem implantados depois de 1995, porque antes disso os assentamentos tinham caráter colonial, não de reforma agrária, como explicou o professor Eduardo Paulon Girardi, do Departamento de Geografia da UFMT e integrante da banca avaliadora.

Por fim, Helton apresenta os resultados com relação ao desmatamento em todo o estado entre os anos compreendidos pela pesquisa - 1994 a 2007 - comparando os números entre Projetos de Assentamentos, terras indígenas ou Unidades de Conservação, e o que chamou de ''outras regiões'' (latifúndios, pequenas cidades etc.). Concluiu que ''os desmatamentos ocorridos em Terras Indígenas (0,90%) e P.A (2,39%) correspondem, a uma mínima parte do total de área desmatada na Biota''. Ou seja, de toda a área desmatada, apenas 6% corresponde a intervenção dos assentados e 3% de índios ou deflorestamento de Unidades de Conservação. De acordo com a pesquisa de Helton, 91% da área desmatada em Mato Grosso estão localizados em partes que não são assentamentos nem reservas indígenas.

Fonte: http://www.gazetadigital.com.br/

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