28 de outubro de 2009

Desmatamento faz prefeitura de Guarujá, em SP, interditar construção de condomínio

SÃO PAULO - A prefeitura de Guarujá, a 81 Km da capital paulista, interditou a construção de um condominío em frente à Praia da Enseada. Mais de 1500 árvores foram retiradas do local indevidamente. Engenheiros agrônomos da prefeitura foram até o local para avaliar o tamanho do problema e classificaram o dano ambiental como gravíssimo. Palmeiras exóticas e árvores nativas da Mata Atlântica foram derrubadas.
- A fauna toda que aqui habitava deve se extinguir em pouco tempo. Foi gravíssimo - disse a engenheira agrônoma Claudia Soukup
Para cada árvore cortada, a secretaria do Meio Ambiente vai exigir o plantio de outras 25. No fim de semana, a prefeitura mandou interromper o desmatamento. Em maio deste ano a obra da construção do condomínio foi suspensa.
- Existia uma decisão desde maio no sentido de paralisação de qualquer tipo de obra, qualquer movimentação - disse Elio Lopes, secretário do Meio Ambiente do Guarujá. Segundo ele, a área é de preservação permanente e a lei só permite construções sociais no local.
A prefeitura disse que vai denunciar o caso ao Ministério Público, que, por sua vez, afirmou que deve se manifestar nesta terça-feira a respeito da denúncia de crime ambiental.
A Administração Municipal acusa a empreiteira CCDI Enseada Empreendimentos Imobiliários, do Grupo Camargo Corrêade ter descumprido decisão judicial, publicada em julho deste ano, proibindo a execução de empreendimentos com mais de 20 pavimentos na Praia da Enseada. À época, o juiz da 4ª Vara Cível de Guarujá, Fábio Francisco Taborda, determinou a suspensão de todos os alvarás concedidos para a construção de torres acima de 20 metros de altura, nessa região da cidade.
O Globo

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