15 de novembro de 2010

Santa Bárbara nega ter feito desmatamento

Autuado pelo Ibama no dia 8 deste mês e penalizado com aplicação de multas totalizando R$ 27,9 milhões, o grupo Agro Santa Bárbara reagiu ontem com a afirmação de que não pratica desmatamento, nunca desmatou e respeita a legislação ambiental.

A Santa Bárbara negou, de forma enfática, a denúncia do Ibama de que teria desmatado ou feito queima num imóvel rural de sua propriedade em São Félix do Xingu. A empresa sustenta dispor de farta documentação para comprovar a improcedência das denúncias feitas pelo Ibama e garante que vai responder sempre com a verdade toda vez que for alvo de “denúncias infundadas”.

“A Agro Santa Bárbara não pratica desmatamento. Nos cinco anos em que investe na pecuária no sudeste do Estado do Pará, nunca desmatou, e o respeito à legislação ambiental é um dos pilares do seu empreendimento”, afirmou ontem a direção do grupo, em comunicado divulgado à imprensa. E acrescentou: “Mais do que isso, o respeito à lei é ponto de honra da empresa, que foca sua atuação na criação de gado, geração de renda e de emprego para as comunidades onde está presente, além de educação às crianças e foco na conscientização ambiental”.

No comunicado, a direção da Santa Bárbara nega veementemente a denúncia do Ibama de que tenha desmatado ou feito queima na fazenda Lagoa do Triunfo, em São Félix do Xingu. “Todas as limpezas de pastagens feitas na propriedade foram devidamente autorizadas pelo órgão ambiental competente”, assinala o comunicado, acrescentando que a Agro Santa Bárbara solicitou nove licenças de recuperação de pastagens, todas autorizadas pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado.

As áreas queimadas de que fala o Ibama, conforme ressaltou a empresa no seu comunicado à imprensa, resultam de incêndios provocados por terceiros, um dos quais de largas proporções, ocorrido há alguns meses. O fogo “começou em propriedade vizinha e varreu a Lagoa do Triunfo”, afirma a nota da Santa Bárbara, enfatizando que essas informações constam de protocolo de comunicação de incêndio criminoso feito junto ao Ibama de Xinguara, acompanhado de laudo comprovando as informações prestadas ao Instituto ambiental.

No caso específico do incêndio denunciado pelo Ibama, a Agro Santa Bárbara diz ter ido além e solicitado perícia de técnico credenciado, o qual deu parecer comprovando o início do incêndio em propriedade vizinha, invadindo as áreas da fazenda Lagoa do Triunfo.

“Exigências estão sendo cumpridas”

A Agro Santa Bárbara informa que enviou vários ofícios às autoridades competentes e registrou boletins de ocorrência relatando os incêndios criminosos, além de comunicar tempestivamente tais fatos ao próprio Ibama, solicitando ajuda oficial para conter as chamas.

“Desde 2006, a empresa faz comunicados periódicos de notificação ao Ibama informando desmatamentos por invasores e grileiros em suas propriedades”, afirma o comunicado. Além disso, acrescenta, a empresa já enviou mais de uma centena de ofícios à Secretaria da Segurança Pública do Estado do Pará relatando o universo de crimes e esbulhos.

Nenhum desmatamento apontado pelo Ibama, segundo o comunicado, está localizado em área onde a Agro Santa Bárbara detém a posse, o que pode ser comprovado, inclusive, no site da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, no qual se verifica que existem CAR’s (Cadastros Ambientais Rurais) em nome de posseiros dentro do perímetro da propriedade. “A Agro Santa Bárbara ressalta seu empenho em contribuir para o desenvolvimento sustentável do Pará, sempre com respeito às leis. Denúncias infundadas, que têm o objetivo de tumultuar o nosso empreendimento, sempre serão combatidas com a verdade”, finaliza o documento.

Sobre a ameaça feita esta semana pelo Ministério Público Federal, que acenou com a possibilidade de vir a pedir a execução do embargo judicial com base na denúncia do Ibama, a fim de impedir a empresa de vender gado, ela se limitou a declarar que “todas as condições exigidas pelo Judiciário para a manutenção das atividades normais das propriedades da Agro Santa Bárbara estão sendo cumpridas”.

Fonte: http://diariodopara.diarioonline.com.br

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