2 de novembro de 2010

As consequências do desmatamento

De agosto de 2009 a junho deste ano, o Ministério do Meio Ambiente anunciou que o desmatamento medido na Amazônia foi 49% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. Desde 2004, com exceção do ano de 2008, estamos constatando uma desaceleração da derrubada de árvores no país. A redução foi causada, em parte, pela pressão de entidades e autoridades nacionais e internacionais. Mas, por que o desmatamento preocupa tanto? Porque a destruição da biodiversidade traz consequências graves para todo o planeta. Entre elas está a erosão e o empobrecimento dos solos, o assoreamento dos rios, a diminuição dos índices pluviométricos, a elevação das temperaturas, a desertificação e a proliferação de pragas e doenças em animais e em seres humanos. O desmatamento é o tema da nona reportagem da série do Diario sobre os conteúdos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece no próximo fim de semana em todo o país. Ainda dá tempo de revisar alguns assuntos. Boasorte, fera!


Sem que haja árvores ou outras vegetações no solo, a água das chuvas passa direto, provocando erosões. Essa terra fofa termina indo para rios e lagos, provocando, dessa forma, a diminuição dos leitos. A maior parte das chuvas que ocorrem em áreas tropicais vem da evaporação da água das árvores. Com o desmatamento, porém, os índices pluviométricos sofrem alterações. A exploração predatória também aumenta as chances de aparecimento de pragas, em virtude do desequilíbrio causado pela falta dos biomas nos ecossistemas. A madeira queimada, por sua vez, eleva os níveis de dióxido de carbono, contribuindo para provocar o efeito estufa. E o solo sem vegetação também não absorve o calor, elevando as temperaturas locais num processo denominado desertificação.

Isso acontece porque toda árvore tem a sua função no ecossistema. As folhas, o tronco e as raízes amortecem a queda das chuvas, deixando a água escoar lentamente pelo tronco. A chuva, então, é absorvida pelas raízes e distribuída ao longo da terra que fica ao redor da árvore. O que não é absorvido vai abastecer rios e fontes naturais. O solo molhado, em conjunto com as folhas mortas, forma o humus, importantíssimo para a preservação da terra. O desmatamento interrompe todo um ciclo de vida animal e vegetal. "Hoje, os números provam que houve uma diminuição no desmatamento provocado no Brasil. Isso ocorreu graças às ações promovidas por órgãos como o Ibama e o Green Peace", explica o professor de biologia do Colégio Atual, Sérgio Ramos. Ele afirma que, mesmo assim, as queimadas continuam acontecendo. Só existe 7% de Mata Atlântica no país.

O professor garante que o fera que prestará o Enem deve ficar atento aos textos usados nas questões. Essa é uma das características do exame nacional. "O mais importante neste assunto é saber as consequências que as queimadas trazem para o planeta. Quem souber tem boas chances de se dar bem no conteúdo. Outra dica é ter paciência para interpretar as informações. Muitas vezes são retirados trechos de reportagens publicadas em jornais e revistas. Os gráficos também merecem atenção especial. As respostas podem estar nessas figuras", diz Sérgio Ramos. Para o fera de ciências biológicas Marcos Cordeiro, de 17 anos, é preciso ter na ponta da língua as razões do desmatamento. "É um tema fácil. Basta ter uma visão crítica", garante. A colega Amanda Sampaio, fera de turismo, aposta no assunto. "Tenho quase certeza de que ele caíra no Enem deste ano", comenta.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/

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