26 de agosto de 2010

Mato Grosso perdeu quase 5% do Cerrado nos últimos anos

A estatística do Ministério do Meio Ambiente confirma que entre os anos de 2002 e 2008 mais de 17,5 mil quilômetros do Cerrado mato-grossense foram desmatados. A área equivale a 4,7% da extensão total do bioma no Estado, atualmente com 358.837 mil quilômetros quadrados. No Brasil, a devastação alcançou 85 mil quilômetros quadrados, ou seja, 49% da cobertura vegetal originada. Para o ministério, figuram como principais causas da degradação a pecuária, agricultura e produção de carvão vegetal oriundo de mata nativa e destinado à indústria siderúrgica. Os vinte maiores devastadores foram identificados pelo Ministério do Meio Ambiente e, destes, sete estão inseridos no território mato-grossense: Paranatinga (1.054,07 quilômetros destruídos), Brasnorte (791,69 km), Nova Ubiratã (766,03 km), Sapezal (697,47 km), Nova Mutum (621 km), São José do Rio Claro (616,26 km), Santa Rita do Trivelato (514,50 km).

Na lista das cidades do Brasil onde ocorreram os maiores picos de destruição do ecossistema aparecem também representantes da Bahia, Maranhão, Piauí, Goiás e Minas Gerais. Em março, o governo federal anunciou a criação de um plano de políticas públicas para conter a ação devastadora. Por meio do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado) pretende-se frear em 40% o desmatamento no Cerrado até 2012.

Desta forma, a exemplo do que já acontece na Floresta Amazônica, o governo deve monitorar o bioma de forma mais intensiva, ampliar as fiscalizações e repressão aos crimes ambientais. Além disso, incentivar atividades sustentáveis e criação de á reas protegidas na região.

O Cerrado ocupa aproximadamente 24% do território brasileiro, possuindo uma área total de 2.036.448 km². Sua área nuclear abrange o Distrito Federal e dez estados: Goiás, Mato Grosso (40%), Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Bahia, Piauí, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, somando aproximadamente 1.500 municípios.

Ocorre ainda em encraves isolados em praticamente todos os estados, os mais expressivos são: Campos de Humaitá e Campos do Puciarí (Amazonas), Serra dos Pacaás Novos (Rondônia), Serra do Cachimbo (Pará) e Chapada Diamantina (Bahia).

Fonte: http://www.sonoticias.com.br

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