28 de setembro de 2010

Imasul prepara carteira de projetos para captar recurso do PPCerrado

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) está elaborando um conjunto de projetos para ações de conservação do Cerrado, com o objetivo de captar recursos do O Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado).

O Plano, instituido por decreto, prevê a implementação de medidas ambientais até 2011, com objetivo de alcançar resultados até 2020. Entre as medidas estão a ampliação da fiscalização nas rodovias e o aumento da área de floresta plantada voltada para abastecer de carvão vegetal a indústria siderúrgica. Foram anunciados R$ 350 milhões em investimentos.

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, estendendo-se por uma área de 2.045.064 km2 , abrangendo oito estados do Brasil Central: Maro Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Piauí e o Distrito Federal.

Está prevista ainda a ampliação das áreas de Unidades de Conservação federais em 2,5 milhões de hectares e a abertura de linhas de crédito rural para recuperar 8 milhões de hectares de pastagens degradadas e de reserva legal.

De acordo com o Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama, que executa o Projeto de Monitoramento dos Biomas Brasileiros (MMA/Ibama/Pnud), o total acumulado de perdas da vegetação nativa até 2002 era de 890.636 quilômetros quadrados (km²) e, em seis anos, foi acrescido de 85.074 km², o que equivale a valor médio anual de 14.200 km². Considerando a área original de 204 milhões de hectares, o bioma já perdeu, até 2008, quase metade (47,84%) de sua cobertura de vegetação nativa, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.

Aliado às ações de repressão, o projeto visa levar alternativas sustentáveis para o desenvolvimento dos municípios, envolvendo principalmente produtores de áreas ocupadas com o plantio de soja. As ações vão valorizar a produção de frutos nativos, num projeto envolvendo quebradeiras de coco de babaçu, quilombolas, bordadeiras que utilizam sementes e produtores extrativistas do jenipapo na produção de licor e de azeite de coco de babaçu.

O plano também pretende reduzir os incêndios e o desmatamento, além de viabilizar alternativas para o uso sustentável dos recursos naturais do Cerrado brasileiro. Entre as ações do plano, está prevista a contratação de 4,5 mil brigadistas para atuar na prevenção e no combate às queimadas.

As áreas definidas pelo plano como prioritárias para a implantação das ações são as que estão sob intensa pressão do desmatamento, as consideradas de alta prioridade para a biodiversidade, as de alta relevância para a conservação dos recursos hídricos e as dos municípios com maior índice de desmatamento no período de 2002 a 2008.


Fonte: http://www.portalms.com.br

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