
Os dados do Deter mostram que 95% dos alertas de julho foram confirmados como desmatamento e 85% foram classificados como corte raso e apenas 10% como floresta degradada (sendo 6% degradação de alta intensidade e 4% de intensidade moderada e leve). O Deter é o sistema do Inpe usado para mapear tanto áreas de corte raso - quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa - quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.
A devastação ficou concentrada principalmente na região dos municípios de Novo Progresso e São Félix do Xingu, ambos no Pará, e na região leste do estado, na fronteira com o Maranhão. Nos outros estados, o desmate foi disperso.
Mais cedo, a organização não governamental Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) também divulgou dados sobre o desmatamento em julho, que apontaram derrubada de 532 km² de florestas, aumento de 63% em relação ao mesmo mês de 2008.
A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais. De agosto de 2008 até julho de 2009 (calendário para cálculo da taxa anual do desmatamento), o Deter registrou 4.375 km² de desmatamento na Amazônia Legal. No período anterior (agosto de 2007 a julho de 2008), a área devastada foi de 8.147km².
A redução verificada pelo Deter pode sinalizar queda na taxa anual de desmatamento, medida pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), também calculada pelo Inpe. O número atual (2007/2008) é de 11,9 mil km².
Com informações da Agência Brasil
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