3 de setembro de 2009

Carlos Minc comemora diminuição do desmatamento no último ano


BRASÍLIA – Apesar do aumento do desmatamento em julho de 2009, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comemorou nesta terça-feira a redução do desmatamento no País no acumulado do ano. Tanto a avaliação oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) quanto a do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostraram que, entre os meses de agosto de 2008 e julho de 2009, houve uma queda significativa na destruição na Amazônia Legal.
De acordo com o Imazon, houve baixa de 65% do desmatamento no período, enquanto o Inpe verificou que o índice caiu 46%.
Segundo o ministro, ambas entidades se baseiam nas mesmas imagens via satélite, mas utilizam metodologias diferentes de análise. “Ainda precisamos reduzir muito, mas o dado importante é que houve uma queda expressiva. É o menor desmatamento em 21 anos”, afirma Minc.
Sobre a diferença entre os 323 km2 desmatados em julho de 2008 em relação aos 836 km2 destruídos em 2009, Minc admitiu que julho do ano passado foi atípico, devido a duas ações que promoveram uma “quebra na onda do desmatamento”. Uma delas, segundo o ministro, foi a resolução do Banco Central de cortar o acesso a crédito de proprietários rurais com situação irregular e a publicação da nova lei de crimes ambientais.
Na avaliação do governo, a diminuição do desmatamento no ano se deve também a alguns fatos - entre eles estão as ações conjuntas do ministério com o Ibama, Força Nacional e polícias federal e estaduais. Só nos primeiros oito meses deste ano, foram realizados 1831 autos de infração, 650 inquéritos policiais impetrados; foram feitas 298 prisões e 149 mandados de busca e apreensão.
De acordo com o presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, só este ano, foram apreendidos cerca de mil caminhões por mês de madeira.
Uma novidade apresentada pelo governo nesta terça-feira foi a produção do primeiro mapa sobre a regeneração florestal na Amazônia para os estados do Mato Grosso, Pará e Amapá, com base nos dados dos últimos 20 anos. "De tudo que foi devastado na Amazônia 20% está rebrotando. Dá um Rio de Janeiro e meio só no Pará e no Mato Grosso", festejou o ministro.
Para o ano que vem, a pasta pretende se apoiar numa “agenda positiva” no reforço de quatro frentes: no zoneamento ecológico ambiental - a partir de janeiro de 2009; no Fundo Amazônico, “que terá três projetos aprovados até outubro”; a continuação dos trabalhos da Operação Arco verde Terra Legal, “que já atendeu 26 municípios”, e a regularização fundiária.
Último Segundo

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