18 de setembro de 2008

Incêndio consome mais de 12 mil hectares de reservas no Pantanal

Incêndio consome mais de 12 mil hectares de reservas no Pantanal




Equipes do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso tentam controlar o incêndio que já consumiu mais de 12 mil hectares de mata preservada na Serra do Amolar, divisa entre os dois Estados e a Bolívia. Isso equivale a uma área semelhante a seis vezes o território de Mônaco (com área de 1,95 km2) ou a 7,5 vezes a extensão do parque Ibirapuera (área de 1.584 km2).
O fogo começou na última sexta-feira e vem se expandindo rapidamente pela região. Os fortes ventos e o período de seca no Pantanal facilitam a propagação das chamas. O difícil acesso ao local - só é possível chegar de barco ou avião - também prejudica a ação dos bombeiros. As RPPNs (reserva particular de patrimônio natural) Acurizal e Penha, situadas a cerca de 140 quilômetros de Corumbá (MS), foram as primeiras atingidas. Juntas, elas possuem quase 30 mil hectares de área preservada.O incêndio já ameaça a RPPN Eliezer Batista, de propriedade da mineradora MMX, e o Parque Nacional do Pantanal, localizado em Poconé (MT). Após sobrevoar a região nesta quarta-feira (dia 17), os bombeiros constataram que o fogo está a menos de 3 quilômetros do parque, considerado patrimônio da humanidade pela Unesco.Funcionários das RPPNs e do Ibama auxiliam no combate às chamas. A MMX mantém, desde sexta-feira, um avião agrícola no local. A aeronave tem capacidade para voar com 2,5 mil litros de água, mas o relevo e a fumaça dificultam a chegada do avião até os focos. Um helicóptero foi deslocado para a Serra do Amolar para ajudar nos trabalhos.Segundo o Ibama, um raio teria provocado o incêndio. Para o órgão de proteção ambiental, apenas uma chuva é capaz de impedir que fogo avance. A meteorologia prevê a possibilidade de precipitação na região afetada apenas para o sábado. QueimadasAs queimadas são comuns no Pantanal durante este período de estiagem. Até o final de 2008, o Ibama havia detectado 47 focos de calor na região, número bem inferior ao mesmo período do ano passado, quando foram apurados 321 focos. Em setembro deste ano, os números voltaram a crescer. Até o último dia 15, haviam sido detectados 63 focos em Corumbá, quantidade superior a todos os meses anteriores somados.




Ass: Desmatamento Brasil (desmatamentobr.blogspot.com)

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