27 de maio de 2009

Atlas revela que desmatamento da mata atlântica no litoral permanece alto

Atlas revela que desmatamento da mata atlântica no litoral permanece alto

RIO - Quatro décadas é o tempo que resta de vida para a Mata Atlântica - a floresta que, em 1500, recobria todo o litoral brasileiro e da qual, hoje, restam 7,9% - se o atual ritmo de destruição for mantido. O Atlas dos Remanescentes Florestais divulgado na terça-feira pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revela que, a despeito de campanhas e alertas, o desmatamento persiste inabalável, no ritmo de 34 mil hectares ao ano desde 2000, informa a repórter Roberta Jansen na edição desta quarta-feira do Globo. Nessa velocidade, a floresta tem data para acabar: 2050.
- Esse valor é bastante elevado, sobretudo se levarmos em conta que a cobertura em alguns estados é muito baixa - afirmou Flávio Jorge Ponzoni, coordenador técnico do estudo pelo Inpe. - Se mantivermos essa velocidade, em cerca de 40 anos não teremos mais mata alguma.
O novo atlas abarca o período de 2005 a 2008. Os dados são comparados com os do estudo anterior, de 2000 a 2005. Nos últimos três anos, foram desmatados ao menos 102 mil hectares de cobertura florestal nativa, o equivalente a dois terços do tamanho da cidade de São Paulo. Nos cinco anos anteriores foram 170 mil hectares, uma média anual praticamente inalterada.
- Isso mostra que o desmatamento está sem controle - avaliou a coordenadora geral do atlas, Márcia Hirota. - Se nos últimos oito anos taxa média anual de desmatamento foi a mesma, isso significa que ano a ano a mata vem sendo suprimida sem que ninguém faça absolutamente nada. O poder público precisa agir para deter esse quadro. Se continuar assim, só nos restará mesmo contabilizar quantos anos mais de mata teremos.

O Globo

Ass: Desmatamento Brasil (desmatamentobr.blogspot.com)

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