29 de agosto de 2008

Minc: devastação caiu com crédito restrito e fiscalização

Minc: devastação caiu com crédito restrito e fiscalização


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, atribuiu a dois fatores principais a redução no desmatamento na Amazônia em julho: a restrição ao crédito agrícola para propriedades da Amazônia ilegais do ponto de vista ambiental e o aumento da fiscalização por parte do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram derrubados 323,7 quilômetros quadrados de mata na Amazônia em julho, o menor para este mês, sempre crítico por causa da seca, desde que o sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) iniciou suas atividades, em 2004.
Minc calculou que de agosto do ano passado a julho deste ano, quando é feita a aferição anual pelo sistema que trabalha com dados definitivos, o Prodes, a respeito da derrubada da mata, a devastação deve ficar em torno de 12 mil quilômetros quadrados, superior aos 11.532 verificados de agosto de 2006 a julho de 2007, o menor desde o início da medição. Em janeiro, quando verificou-se que o desmatamento aumentara em demasia, o Ministério do Meio Ambiente chegou a previsões dramáticas, acima dos 18 mil quilômetros quadrados no fechamento dos 12 meses.
"Apesar da queda substancial , de 68,4% em relação ao mês de julho de 2007, não há motivos para comemorar. Temos de continuar vigilantes", disse Carlos Minc. Em julho do ano passado, o sistema detectou a derrubada de 1.025 quilômetros quadrados de floresta amazônica. Tanto em 2007 quanto em 2008, havia poucas nuvens nos céus da região e a visibilidade era superior a 80%.
'Pé-quente'
Mas a queda nos índices de desmatamento na Amazônia foi atribuída pelo ministro não só a fatores objetivos, como restrição ao crédito agrícola, apreensão de bois, embargos de propriedades e aumento da fiscalização. Encontrou também uma outra justificativa para a boa notícia: "Carlinhos Minc é pé quente. Já viram", afirmou.
Em entrevista coletiva, Minc disse que ainda está preocupado com o mês de agosto, que ainda fica na estação seca. Olhando para cima, orou: "Não pode aumentar, Deus do céu!" Em seguida, imitou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, para elogiar seu próprio governo, criou o bordão "nunca antes na história desse País". "Nunca antes na história do Deter (o satélite que vigia as áreas abertas na floresta) houve tamanha queda num mês de pico", afirmou.


Ass: Desmatamento Brasil (desmatamentobr.blogspot.com)

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