BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comentou nesta terça-feira os dados do desmatamento divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o ministro, com base nestes dados, a expectativa do governo é que este ano o Brasil registre o menor desmatamento dos últimos 20 anos, abaixo dos 11.037 quilômetros quadrados registrados em 1991.
- Vai dar entre oito e nove mil quilômetros quadrados (desmatados), se não tiver nenhuma desgraça. Este vai ser o menor desmatamento dos últimos anos.
Segundo o ministério do Meio Ambiente, o desmatamento começou a cair em junho do ano passado por vários fatores, entre eles o fim do crédito bancário a desmatadores e operações de fiscalização. Ele espera que o controle do problema entre em uma nova etapa, na qual a oferta de alternativas sustentáveis para a Amazônia ganhe o papel principal.
Minc citou a regularização fundiária, o Zoneamento Econômico e Ecológico, a Operação Arco Verde e o Fundo Amazônia como os principais instrumentos para "levar o combate ao desmatamento a um outro patamar".
- Hoje, o centro (das ações) infelizmente é controle e pancada. Isso é o que está segurando o desmatamento.
Os dados do DETER para o mês de junho apontam um desmatamento de 578,6 km2 na Amazônia. O estado que mais desmatou foi o Pará, líder histórico no ranking do desmatamento. No Pará foram desmatados 330,3 km2; seguido por Mato Grosso, com 180,9 km2; e Rondônia, com 40,8 km2 desmatados.
A região teve uma redução de 33% em relação a junho do ano passado. As nuvens encobriram 43% da Amazônia, o que pode significar que na realidade o desmatamento foi maior do que o registrado pelos satélites do Inpe.
- Pode ter caído menos de 33% dependendo do desmatamento que teve no miolo do Pará - admitiu Minc referindo-se à área da Terra Meio, que estava bastante encoberta por nuvens.
O Globo
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