Realizada nos dias 8 e 9 de julho, em Abu Dhabi, a reunião tem por base os compromissos recentes feitos pela Iniciativa de Mercados de Capital, CoP-17, Rio+20 e pelo Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos (International Year of Sustainable Energy For All). Quarenta e cinco países africanos já confirmaram participação, incluindo cerca de trinta ministros e assessores ministeriais africanos. Representantes da União Africana e delegados não africanos de alto nível também confirmaram presença, incluindo representantes da UNIDO, IPCC e PNUMA, Índia, China, Alemanha, França, Japão e Emirados Árabes Unidos.
A reunião será presidida pelo enviado especial dos Emirados Árabes Unidos para Energia e Mudanças Climáticas, Dr. Sultan Ahmed Al Jaber – presidente da Assembleia da IRENA – bem como pelo diretor geral da IRENA, Sr. Adnan Amin.
A reunião ministerial visa dar partida em um processo que inclui o desenvolvimento de cenários e estratégias para a África e lançar um processo que englobe todo o continente, para preparar as economias africanas para enfrentar as restrições atuais na implantação de energia renovável.
A priorização da África no plano de trabalho da IRENA para 2011 é motivada pelos desafios enfrentados pelo continente. Por exemplo, a África, que representa 15% da população mundial, responde por apenas 5% do uso global de energia primária hoje – quase a metade da qual é biomassa tradicional, uma importante causa de problemas de saúde e desmatamento.
A deterioração da quantidade e qualidade da infraestrutura de energia impede o crescimento da África. O Banco de Desenvolvimento Africano estima que US$ 27 bilhões terão de ser investidos anualmente para atingir seu objetivo de acesso universal à energia elétrica confiável e mais limpa em todos os 53 países da África até 2030. Atualmente, os investimentos em energia na África Subsaariana estão em torno de US$ 2 bilhões anuais.
Comentando sobre o que a IRENA espera alcançar com as consultas, Amin disse: “Há um grande potencial para capitalizar recursos renováveis na África, desde que seja criado o ambiente correto. A IRENA pode desempenhar um papel para ajudar os governos a criar as condições necessárias, mapeando uma maneira de fazer a transição para um futuro energético mais sustentável”.
“As consultas reúnem diferentes participantes, para identificar conjuntamente que condições são necessárias, que obstáculos precisam ser removidos, qual o mix de soluções que melhor responde às circunstâncias de um país e como os países podem ter acesso a tecnologia, financiamento e investimento adequados”, acrescentou Amin.
De sua parte, o Dr. Al Jaber disse: “A questão não é a escassez de fundos para investimento, mas a incapacidade dos mercados africanos de atrair uma parcela substancial desse investimento. Isso ocorre, principalmente, devido à falta de políticas coerentes e compatíveis, capacidade técnica, regional e institucional, mecanismos de habilitação e estruturas regulatórias, tornando a região comparativamente pouco atraente para empresários e investidores”.
“Acredito fortemente que reuniões como estas, com um seguimento adequado, ajudarão a mitigar essas questões para o continente”, acrescentou.
Durante a reunião de dois dias, os temas abordados incluem como encarar a energia como uma questão-chave para o desenvolvimento, considerando sua relação direta com múltiplos setores, incluindo a indústria, agricultura, água, transportes, ambiente, saúde e educação, entre outros; como identificar o contexto institucional adequado para impulsionar a implementação e como a IRENA pode apoiar o fortalecimento institucional; como as parcerias podem ser melhor usadas para implementar estratégias; requisitos para apoiar estratégias de investimento e o que os governos podem fazer para fortalecer os ambientes de investimento nacional para energia renovável.
Fonte: http://www.businesswire.com
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