3 de junho de 2011

Carlos Minc: Contra o novo Código Florestal

Rio - A lei de florestas objetiva preservar os biomas e a biodiversidade e garantir as funções ecossistêmicas das propriedades rurais: o solo, as águas, o fundo, a fertilidade. Havendo erosão, assoreamento e desertificação, os mais atingidos são os produtores. Com a crise climática, que derrete geleiras e submerge países insulares, as nações têm ampliado a defesa de suas florestas. Por que o Brasil, protagonista nas mudanças do clima, iria reduzir fortemente estas proteções?
A maioria dos deputados passou a motosserra no Código Florestal, votando a anistia aos desmatadores, o vale-tudo nas Áreas de Preservação Permanentes e a regionalização das regras — como Santa Catarina fez: diminuindo a faixa de proteção dos rios e depois sofreu aquele desastre por esta ocupação irresponsável.

Em Copenhague (2009) a Conferência do Clima gerou frustração, pela falta de compromissos dos países ricos. Mas o presidente Lula foi o mais aclamado porque obtivemos o menor desmatamento da história da Amazônia e por ter sido o Brasil o primeiro país em desenvolvimento a adotar metas de redução das emissões de CO2. Como receberemos daqui a 1 ano, na Rio+20, estes chefes com tal recuo na legislação, a volta de correntões e de assassinatos de ambientalistas?

É hora de resistir. De convocar todos para prender e condenar executores e mandantes. Retomemos as operações de apreensão do Boi Pirata e da madeira ilegal, com o Exército, o Ibama, a PF, ajuizando ações contra os criminosos. Assim foi que reduzimos à metade o desmatamento. E reverter no Senado esta derrota da Natureza, ou com o veto que a presidenta Dilma nos prometeu.


Fonte: http://odia.terra.com.br

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