4 de junho de 2011

Menor índice de desmatamento da Mata Atlântica no Rio de Janeiro

No Ano Internacional das Florestas (2011), instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Rio de Janeiro comemora um feito histórico: foi o estado do país a registrar o menor índice de desmatamento da Mata Atlântica. Nos últimos dois anos, foram registrados 315 hectares de perda de cobertura deste importante bioma provocado por desmatadores. A afirmativa é do secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, que participou nesta quarta-feira, 1º, da solenidade de abertura da Semana do Meio Ambiente, em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente, dia 5, na sede da Secretaria do Ambiente, no Centro do Rio.

Segundo Minc, a cobertura da floresta até aumentou por ocasião das medidas de reflorestamento adotadas nos últimos anos. Hoje, o percentual é de, aproximadamente, 19%, sendo que o Rio de Janeiro já era o estado que tinha a maior cobertura da Mata Atlântica do país, entre 15% e 16%. - Dobramos a área de Mata Atlântica protegida por municípios, passando de 101 mil para 209 mil hectares, o equivalente a um aumento de 60% de área protegida. Criamos parques estaduais e lançamos campanhas em defesa da biodiversidade. Passamos a exigir, na emissão de licenças, ambientais que os empreendedores destinem um percentual para investimentos em saneamento, reflorestamento e na preservação de alguma espécie - disse.

Minc citou como exemplo o licenciamento para o Porto do Açu, no Norte Fluminense, em que o Governo do Estado exigiu do empreendedor a destinação de R$ 8 milhões na preservação do corredor florestal da região, onde vive o macaco muriqui. - A nossa meta é dobrar a cobertura de Mata Atlântica em dez anos. Isso é para dar uma resposta ao que está acontecendo atualmente, com o absurdo proposto no novo Código Florestal, com a volta dos correntões, como está acontecendo no Estado do Mato Grosso, método que arranca florestas pela raiz e mata animais, e com o assassinato de defensores das florestas no Pará. O Rio de Janeiro será a trincheira da resistência, um exemplo para o país que busca reverter esse triste quadro que estamos vivenciando - declarou Minc.

Cidade pode ser exemplo

E Teresópolis é um dos municípios responsáveis por essa preservação: A cidade conta com três unidades de conservação ambiental, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, o Parque Estadual dos Três Picos e o Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, além de reservas particulares, como a RPPN do Jardim Suspiro, que trabalham em conjunto graças as corredores de biodiversidade.

E é essa parceria, que inclui também unidades de outros municípios, que garante a continuidade de espécies, como lembra Marcus Machado, Responsável pelo Setor de Educação Ambiental do PARNASO. “O Parque Nacional protege uma grande área, de cerca de 20 mil hectares. Mas não ficamos restritos a proteger somente essa área, buscamos o entorno, as parcerias com outras unidades. Para isso temos o Mosaico Central Fluminense, com representações em algumas cidades e cada vez maior adesão de parques e reservas particulares. No Mosaico, passamos para mais de 200 mil hectares protegidos. É isso que temos de comemorar nessa data”, destaca Marcus, citando ainda espécies animais e vegetais que tem sua continuidade garantida graças aos corredores de biodiversidade. “Temos muitas espécies ameaçadas de extinção, como as onças, tanto a Parda e como a Pintada, que precisam de uma área muito grande para sobreviver, assim com o Muriqui, que temos aqui no parque. Também destaco duas espécies vegetais, a Palmeira Jussara, que dá o Palmito, e o Samambaiassu”, completa.

A Mata Atlântica é a fisionomia vegetal que caracteriza o estado do Rio de Janeiro. Esta floresta apresenta uma variedade de formações que constituem um diversificado conjunto de ecossistemas associados. Na região das Serras do Mar e da Mantiqueira forma uma grande cobertura vegetal que constitui o primeiro degrau dos planaltos do interior. Próximas ao oceano, estão as planícies de restinga, dunas, mangues e lagunas. Esses são alguns dos fatores que explicam as razões pelas quais a Floresta Atlântica é tão rica em sua biodiversidade.


Fonte: http://odiariodeteresopolis.com.br

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