23 de março de 2011

Em fevereiro, desmatamento na Amazônia foi de 63 km², diz boletim do Imazon

Em fevereiro de 2011, o Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia detectou 63 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal.
No modelo do Imazon, o desmatamento é a supressão total da floresta com supressão do solo.
De acordo com o boletim Transparência Floresta do Imazon divulgado nesta quarta-feira (23), isso representou uma redução de 28% em relação a fevereiro de 2010 quando o desmatamento somou 87 quilômetros quadrados.

O desmatamento acumulado no período de agosto de 2010 a fevereiro de 2011 foi semelhante ao desmatamento acumulado no período anterior (agosto 2009-fevereiro 2010), 925 quilômetros quadrados e 924 quilômetros quadrados, respectivamente.

Em fevereiro de 2011 os estados com maior área desmatada foram Rondônia com 56%, seguido do Pará com 30%.
O restante do desmatamento ocorreu no Mato Grosso (11%) e Roraima (3%).
Considerando os sete primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto de 2010 a fevereiro de 2011), Mato Grosso  lidera o ranking com 28% do  total desmatado no período.
Em seguida aparece o Pará com 27%, Rondônia com 24% e Amazonas com 13%. Esses quatros estados foram responsáveis por 93% do desmatamento ocorrido na Amazônia  Legal  nesse  período. O  restante  (7%)  do  desmatamento  ocorreu  no Acre, Roraima, e Tocantins.
Entre os 10 municípios da Amazônia Legal que mais desmataram em fevereiro de 2010, figura um do Amazonas, Canutama.

Degradação

Já as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 113 quilômetros quadrados em fevereiro de 2011.
Em comparação com fevereiro de 2010, quando a degradação somou 99 quilômetros quadrados, houve um aumento  de 14%.
A maioria (74%) da degradação florestal ocorreu em Rondônia seguido de longe por Mato Grosso (15%), Pará (7%) e Amazonas (4%).

A degradação florestal acumulada no período de agosto de 2010 a fevereiro de 2011 totalizou 3.836 quilômetros quadrados.
Em relação ao período anterior (agosto de 2009 a fevereiro de 2010) houve aumento expressivo (304%) quando a degradação florestal somou 950 quilômetros quadrados.

Carbono

Em fevereiro de novembro de 2011, o desmatamento detectado pelo SAD comprometeu 4,7 milhões de toneladas de CO2 equivalente o que representa uma queda de 18% em relação a fevereiro de 2010.
No acumulado do período (agosto 2010 - fevereiro 2011) o desmatamento comprometeu 56 milhões de toneladas de C02 equivalentes, ou seja, uma redução de 6,5% em relação ao período anterior (agosto de 2009 a fevereiro de 2010) quando o carbono florestal afetado pelo desmatamento foi cerca de 60 milhões de toneladas de C02 equivalente.

Foi possível monitorar com o SAD somente 12% da área florestal na Amazônia Legal em fevereiro de 2011.
Os outros 88% estavam cobertos por nuvem o que dificultou o monitoramento na região principalmente no Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, e Pará, os quais tiveram mais de 90% da área florestal coberto por nuvens.
Em virtude disso, os dados de desmatamento e degradação em fevereiro podem estar subestimados.
Em  relação  a  situação  fundiária,  em  fevereiro  de  2011,  a  maioria  (60%)  do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do  desmatamento  foi  registrado  em  Unidades  de  Conservação  (24%),  seguido de Assentamentos de Reforma Agrária (14%) e Terras Indígenas (2%).

Fonte: http://acritica.uol.com.br

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