11 de novembro de 2010

Plantas amazônicas estavam adaptadas para aquecimento global

A análise de dados sobre a Amazônia durante o aquecimento global que aconteceu há 60 milhões de anos traz notícias animadoras: houve crescimento no número de espécies. Foi o que concluiu um grupo de pesquisadores da que estudou o período a partir da extração de esporos e outras matérias orgânicas fossilizadas rochas de três da Colômbia e da Venezuela.
O estudo demonstra que a floresta tropical foi capaz de sobreviver a temperaturas elevadas e a altos níveis de dióxido de carbono, diferente de especulações de que ambientes tropicais estariam seriamente ameaçados pelo aquecimento global.
“É um excelente análogo para o que está acontecendo atualmente. Ao contrário das expectativas, descobrimos que as florestas tropicais se saíram muito bem com o fenômeno, a diversidade subiu. Não encontramos evidências de aridez”, diz carlos Jaramillo, do Instituto Smithsonian de pesquisa Tropical e autor do estudo que será publicado no periódico científico Science.
Máxima térmica
Há 60 milhões de anos, a terra sofreu um aquecimento abrupto de 3ºC a 5ºC e a concentração de CO2 dobrou em apenas 10 mil anos. O evento é conhecido com a Máxima Térmica do Paleoceno-Eoceno. Porém a análise mostrou que o aquecimento resultou no aumento na diversidade de plantas frutíferas.
“O aquecimento global não têm a ver com plantas. Ele está relacionado com o impacto econômico que o aquecimento terá sobre os seres humanos . O registro fóssil mostrou que as plantas parecem ter já a variabilidade genética para lidar com altas temperaturas e elevados níveis de CO2. O verdadeiro inimigo das plantas tropicais é o desmatamento, em vez de o aquecimento global”, disse ao iG Jaramillo.

Fonte: IG

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