Todos os estados que compõe a Amazônia Legal conseguiram diminuir os índices de desflorestamento. Roraima em 2008 respondeu por 4,44% do desmatamento total da Amazônia, no ano passado esse número caiu para 1,62%.
A presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia de Roraima (Femact-RR), Luciana Surita, disse que o dado é um reflexo do trabalho desenvolvido pela Fundação e órgãos ambientais parceiros.
“Essa diminuição no desmatamento é uma resposta às atividades desenvolvidas. São diversas ações que focam não só a fiscalização, mas também o forte trabalho de educação ambiental realizado. Hoje temos o programa estadual Roraima Sustentável que vem a beneficiar aquele produtor que desmatou sem a devida licença ambiental até outubro passado. Com prazo de um ano, o homem do campo tem até outubro de 2010 para aderir a Lei”.
O INPE também aponta como causa da diminuição das taxas a criação do Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAM), pelo governo federal.
O relatório mostrou ainda que o estado do Mato Grosso diminuiu em 68%, e o Pará em 24% o desmatamento. O Maranhão, em 2009, respondeu por 11%, com um pequeno aumento em relação ao ano anterior, quando participou da degradação com 10%. Rondônia manteve a tendência de queda na devastação, observada desde 2004; em 2009, sua taxa de desmatamento foi menor que 1.000 km2/ano pela primeira vez desde 1988. Os demais Estados somam 11% da devastação total na Amazônia Legal em 2009.
Mesmo apresentando uma redução nas taxas de desmatamento, o Estado do Pará respondeu por 57% da devastação da Amazônia Legal no período analisado, aumentando sua participação na destruição da floresta, que era de 43% no período 2007-2008. O Mato Grosso, por outro lado, conseguiu reduzir sua contribuição ao desmatamento da região de 25% para 14%. Os dois Estados foram responsáveis por quase 70% da devastação, em toda a Amazônia, nos anos de 2008 e 2009.
Comparado com o período anterior (2007-2008), o resultado apresenta uma redução de 42% no desmatamento e se aproximara da estimativa de 7.008 km² de áreas devastadas, divulgada pelo instituto em novembro de 2009. A diferença de 6,5% entre essa previsão e a consolidação da taxa de desmatamento está dentro da margem de erro de 10%.
Os dados são obtidos pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que utiliza imagens dos satélites LANDSAT, CBERS e DMC.
Fonte: www.bvnews.com.br
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