9 de junho de 2011

Projetos da Sedect destacam incentivo à "economia verde"

Ampliar a cadeia produtiva, com um modelo de gestão que agregue empresários, universitários e governo, é o objetivo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), com os projetos que serão implantados entre 2011 e 2015. A estratégia de gestão foi apresentada nesta quinta-feira (09) ao vice-governador Helenilson Pontes, pelo titular da Sedect, Alex Fiúza de Mello, em reunião que contou com as participações do diretor de Ciência e Tecnologia, Geraldo Narciso Filho, da diretora de Inovação e Transferência de Tecnologia, Gisa Bassalo, e do secretário adjunto, Alberto Arruda.
Segundo Alex Fiúza de Mello, o trabalho na Secretaria tem a perspectiva de renovação econômica da biodiversidade, a chamada “economia verde”. Para o secretário, “a matriz econômica do Pará sempre foi voltada ao desmatamento, por isso a proposta da Sedect é trabalhar nessa contramão, incluindo novos produtos na cadeia produtiva, gerando a cadeia da biodiversidade”.
Entre as novas propostas estão a conclusão do Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá e a construção do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós, em Santarém. Para tanto, a Sedect iniciou negociações com instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o secretário, também há o projeto do Parque de Ciência e Tecnologia de Marabá, que deve ser criado em parceria com a empresa Vale.
Produtos da floresta - A “contramão do desmatamento”, segundo o secretário, é baseda no estímulo à cadeia da biodiversidade, incluindo a geração de produtos não madeireiros. Alex Fiúza disse acreditar que este é o momento para a criação “de um novo modelo de gestão, dinamizando a economia local e valorizando desde o pequeno produtor até o grande empresário”. Ele também ressaltou que o sucesso desse modelo está na aliança entre a tecnologia, o Estado, empresários e acadêmicos, para a qualificação da cadeia produtiva.
O secretário espera ainda, como resultado desse modelo, qualificação de recursos humanos, valorização da floresta em pé, implantação de certificados de laboratórios, implantação de pequenas usinas e fábricas, e criação do selo “Biopará” de certificação de produtos. Segundo ele, um dos impedimentos atuais da exportação dos produtos da floresta é a ausência de um selo de qualidade, e o “Biopará” deverá enquadrar todos os segmentos da cadeia produtiva.
A criação dessa cadeia é consequência de um estudo coordenado pela Sedect, que identificou como principais produtos de apelo comercial e não madeireiros os fitoterápicos, como breu branco, inajá, copaíba, murumuru, semente de cupuaçu, semente de cumaru e leites; e os alimentos funcionais, como açaí, cacau, castanha, buriti, bacuri, palmito, bacaba, taperebá e cupuaçu. A lista inclui ainda cosméticos e corantes obtidos a partir desses produtos vegetais.
Com a qualificação da cadeia produtiva da biodiversidade, o titular da Sedect acredita no crescimento da economia do Estado, aliando empreendedorismo, conhecimento científico e apoio institucional.


Fonte: http://www.agenciapara.com.br

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