10 de maio de 2011

Ibama promete atuar com rigor para punir quem desrespeitar a legislação

Independente do resultado da votação do Código Florestal, as operações de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal vão permanecer intensificadas em Mato Grosso. No terceiro maior Estado do país, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, promete atuar com rigor para punir quem desrespeitar a legislação.
São mais de 90 milhões de hectares. Destes, pelo menos 63% estão preservados o restante está dividido entre áreas urbanas e campos de produção agropecuária. O atual retrato do território de Mato Grosso aparentemente é equilibrado, mas preocupa aqueles que são responsáveis pela proteção ambiental.
As imagens captadas por satélite pelo Ibama mostram que o desmatamento ilegal, que estava contido, voltou a avançar. Para o Ibama, parte do desmatamento foi feita por produtores que esperam ser anistiados por alterações no Código Florestal.
– Cabe alertar que o Ibama trabalha com o que temos em vigência atualmente. A fiscalização é retrato do momento. A fiscalização de hoje aplica a legislação de hoje. Áreas que estão sendo desmatadas serão fiscalizadas sempre. Quem está abrindo área não deve se iludir que conseguirá usar esta área! Eu me refiro às áreas desmatadas ilegalmente – informa o chefe da divisão controle e fiscalização Ibama-MT, Luciano Cotta.
Atualmente, 60 agentes fazem o trabalho em campo. Outros 40 devem ser direcionados para operações no Estado. Porém, apesar do contingente reforçado, o chefe do setor de fiscalizações admite que a concentração na Amazônia pode prejudicar as atuações em outros biomas existentes no Estado (Pantanal e Cerrado).
– O que nós buscamos neste momento é parar com este aumento no desmatamento. A partir do momento que temos que fazer esforço na Amazônia, isso prejudica as ações em outras regiões do Estado e também em outros Estados – esclarece.
Para ampliar a eficiência no combate ao desmatamento ilegal, o Ibama deve agir em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema). As áreas de atuação e as operações designadas para cada órgão vão ser definidas, e o interesse comum em manter o meio ambiente protegido deve selar esta parceria.
O secretário adjunto confirma a soma de esforços e ressalta que atualmente a Sema conta com uma aeronave e oito equipes técnicas a campo. Com a fiscalização integrada, as brechas para o crime ambiental devem ser reduzidas.
Em nota já divulgada, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) esclarece que repudia qualquer tipo de ação contrária aos preceitos ambientais para produção agropecuária e que a proposta de atualização do Código Florestal não irá permitir novos desmatamentos, mas sim a consolidação das áreas em produção. O texto diz ainda que a abertura ilegal de novas áreas está em dissonância com o propósito do setor produtivo.

Fonte: http://www.canalrural.com.br

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