O Serviço Florestal Brasileiro e o Incra firmaram um acordo de  cooperação que terá ações para estimular a atividade florestal  sustentável em assentamentos na Amazônia e na Caatinga. O extrato do  documento foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 3  de dezembro. 
Serão atendidos 14 assentamentos na região Norte, oito deles na área de  influência da BR-163, nos municípios de Anapu e Pacajá, e seis nas  imediações da Transamazônica, nos municípios de Aveiro, Trairão,  Rurópolis, Santarém e Altamira, todos no Pará.
"Essa é a primeira tentativa de dar escala a iniciativas piloto que  já tinham ocorrido em assentamentos. Queremos mostrar que é possível  produzir madeira legal, com geração de renda e com conservação da  floresta nesses locais", afirma o diretor-geral do Serviço Florestal,  Antônio Carlos Hummel.
Os assentamentos foram escolhidos a partir de três critérios  principais, o potencial florestal, a presença em área prioritária para o  combate ao desmatamento e o interesse das comunidades em realizar o  manejo florestal. A ideia é ampliar a assistência para outros projetos  de assentamento a partir dos resultados da iniciativa.
O Serviço Florestal deverá viabilizar a elaboração do inventário  florestal e dos planos de manejo, realizar capacitação em organização  associativista dos moradores e prover assistência técnica florestal.
Já o Incra será responsável por implementar a infraestrutura de  moradia e para o desenvolvimento de atividades produtivas, contratar  assessoria técnica e ambiental, apoiar a elaboração de planos de  desenvolvimento dos assentamentos, fazer a regularização fundiária e  ambiental e auxiliar os agricultores familiares na elaboração de  projetos de acesso ao crédito.
"Essa iniciativa representa a consolidação da valorização da floresta  em assentamentos na Amazônia", afirma o chefe da Unidade Regional do  Distrito Florestal Sustentável da BR-163, Fernando Ludke. Também será  beneficiado um assentamento no município de Cláudia, no Mato Grosso.
Caatinga - A parceria das duas instituições envolve  ainda atividades em 32 assentamentos na Caatinga. Desse total, 18 estão  em Pernambuco (nove em Serra Talhada, município que registra o maior  desmatamento do estado) e os outros 14, na Paraíba.
A assistência tem o objetivo de promover o manejo como meio de  conservar o bioma que já perdeu quase 50% da cobertura e de prover  lenha e carvão, principais produtos florestais obtidos dele.
"É necessário proteger a Caatinga e já se sabe tecnicamente que o  manejo é uma alternativa viável para atender a matriz energética da  região Nordeste, em grande parte abastecida por lenha ilegal", afirma  Hummel.
O diretor-geral ressalta que, para o manejo dar certo na Amazônia ou  na Caatinga, é fundamental manter ações bem sucedidas de fiscalização e  de controle "para evitar a competição desleal entre o produto madeireiro  legalizado e a lenha, o carvão e a madeira ilegais".
Plano anual - As atividades do acordo integram o  Plano Anual de Manejo Comunitário e Familiar elaborado e executado pelos  ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário, por meio do  Serviço Florestal e do Incra, entre outras instituições.
O Plano é uma exigência do Programa Federal de Manejo Comunitário e  Familiar, que surgiu em 2009 com o objetivo de organizar ações de gestão  e fomento ao manejo sustentável em florestas usadas por agricultores  familiares, assentados da reforma agrária e por povos e comunidades  tradicionais.
Fonte: http://www.aquiacontece.com.br

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