5 de novembro de 2009

CNI: Brasil não precisa levar meta de redução para Copenhague

O Brasil não precisa apresentar uma meta de redução das emissões de gases de efeito estufa 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15), em dezembro, em Copenhague, em dezembro, afirmou nesta quinta-feira o diretor executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes.
Ele disse que apresentar uma meta serviria apenas para "mostrar o ativismo" do país. Para Fernandes, as metas serão importantes depois da COP-15 e são de caráter interno.
Segundo ele, que poderia ser apresentada apenas uma meta mais específica de redução do desmatamento, principal fonte de emissão de gases no Brasil. "Não houve discussão suficiente, principalmente com o setor privado, para o Brasil se envolver com uma meta mais geral", afirmou.
Fernandes disse que não sabe se a meta de redução de 40% das emissões, proposta pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reduziria o crescimento da economia no próximo ano. O diretor da CNI considera necessários estudos para fazer projeções como, por exemplo, quanto dessa meta se relaciona com a redução do desmatamento, a matriz de transporte e os setores que mais emitem gases.
De acordo com ele, o setor industrial contribui com 8,8% das emissões nacionais e 46% das fontes de energia são limpas. No último dia 3, o governo adiou para o dia 14 deste mês a definição da proposta que o Brasil levará para a conferência. O governo quer mais tempo para detalhar as medidas que serão tomadas por setores como agricultura e siderurgia para a redução de emissões nacionais de gases de efeito estufa. Até o momento, a única proposta consensual é a redução de 80% do desmatamento da Amazônia até 2020.
No dia 3, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que chefiará a delegação brasileira na COP-15, ressaltou que a proposta, a ser anunciada dentro de alguns dias, não necessariamente trará os números de redução de emissões em cada setor os números serão gerais.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, não descartou o número proposto por sua pasta, de redução de 40% das emissões até 2020, considerando crescimento econômico de 4% ao ano.
Terra

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