7 de maio de 2009

Representes de comunidades farão protesto contra ecolimites

Representes de comunidades farão protesto contra ecolimites




A reunião começou com um anúncio: esta tarde, a Federação das Associações de Favelas foi procurada pelo governo para agendar um encontro, para discutir a construção dos muros. Mas, apesar da possibilidade de uma audiência com as autoridades, a federação decidiu manter um protesto contra os muros ecolimites para o próximo dia 15, em local ainda não definido. Há 11 dias, os moradores da Rocinha já haviam se manifestado contra o muro durante um plebiscito na favela. Eles acreditam que cercar a comunidade é uma forma de segregação e que, para evitar o crescimento das comunidades, é preciso investir em projetos, como a construção de moradias. Durante a assembleia foram apresentadas as mesmas propostas dos últimos encontros para delimitar as favelas. A ideia dos moradores é aproveitar o projeto do PAC na Rocinha e adaptá-lo para as outras comunidades, construindo um anel viário como limite. Além disso, as associações querem campanhas de educação ambiental.
“Essa proposta é para que façamos ecotrilhas e um anel viário para todas as favelas, onde a integração possa existir, todos possam caminhar por essa ecotrilha, e possa haver uma educação ambiental para as escolas do entorno”, explica o presidente da associação de moradores da Rocinha, Antônio Ferreira de Mello. O governo estadual diz que os muros são para evitar o crescimento desordenado das favelas e o desmatamento em áreas de proteção ambiental, além de evitar a construção de moradias em áreas de risco. No Morro Dona Marta, em Botafogo, as barreiras começaram a ser erguidas em março e já está pronta a licitação para construir muros nas favelas da Rocinha e Chácara do Céu, na Zona Sul, e Pedra Branca, na Zona Oeste. “Não há nada de segregacionista nisso, pelo contrário. É uma coisa que é da nossa cultura, todo mundo que mora em prédio, em casa tem muro para delimitar justamente onde termina sua propriedade e onde começa a do outro. No caso, vamos delimitar onde termina a propriedade dos moradores da favela e onde começa a mata, que pertence a toda a população do Rio de Janeiro”, afirma Regis Fichtner, chefe da Casa Civil.










Ass: Desmatamento Brasil (desmatamentobr.blogspot.com)

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