10 de março de 2009

Terra indígena em MT perde 29 Ibirapueras com desmatamento

Terra indígena em MT perde 29 Ibirapueras com desmatamento





O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 103,11 km² de desmatamento e degradação florestal em áreas de conservação nos meses de novembro, dezembro e janeiro últimos. Os dados do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real) foram divulgados esta semana.
Quase metade dos focos de devastação detectados (47,27 km² - o equivalente a 29 vezes o Parque do Ibirapuera, em São Paulo) encontra-se na Terra Indígena Maraiwatsede, situada entre São Félix do Araguaia (MT) e Alto Boa vista (MT),
O chefe da unidade da Funai (Fundação Nacional do Índio) responsável pela reserva, Denivaldo Rocha, confirmou ao Globo Amazônia que a situação na terra indígena é grave. “Por mais que fiscalizemos, o desmatamento continua”, diz. “Dos 1650 km² da terra, restam apenas uns 10% de floresta”, avalia o funcionário da Funai.
A Terra Maraiwatsede tem uma história problemática. Nos anos 60, os índios xavantes que ali habitavam foram transferidos para outras regiões pelo governo militar, para darem espaço a um projeto agrícola. Na época da Eco 92, a empresa proprietária da fazenda criada no local decidiu devolver a área aos xavantes. No entanto, a população dos arredores ocupou a terra antes que a volta dos indígenas ocorresse. Em 1998, veio a demarcação da terra e o reconhecimento do direito dos xavantes à reserva. No entanto, como explica Denivaldo Rocha, até hoje há uma disputa judicial em que os fazendeiros, que seguem na terra indígena, questionam a ordem de saída da região. Rocha explica que há mais não-índios que xavantes na reserva e que a paisagem é predominantemente de pastos e plantações de grãos, como soja e arroz. O clima entre os fazendeiros e os índios é tenso, revela: “É uma situação que a qualquer momento pode estourar”. Segundo o chefe do posto da Funai, por ano são feitas de três a quatro fiscalizações na Terra Maraiwatsede em conjunto com o Ibama, “dependendo dos recursos disponíveis”.









Ass: Desmatamento Brasil (desmatamentobr.blogspot.com)

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