7 de novembro de 2008

Amazonas quer ser primeiro estado com metas de redução de emissão de gases

Amazonas quer ser primeiro estado com metas de redução de emissão de gases





Amazonas pretende ser o primeiro estado brasileiro a adotar metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa, segundo compromisso assumido pelo governo estadual nesta sexta-feira (7) no encerramento da I Conferência Latino-Americana de Mudanças Climáticas, em Manaus.
“Na conferência houve uma demanda no sentido de que o estado estabeleça metas de redução, então, até maio de 2009, vai ser criada uma metodologia para mensurar essa diminuição”, diz a secretária Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Nadia Ferreira. Segundo ela, o estado trabalhará junto com o Greenpeace para criar a metodologia. “Esperamos que, com isso, o Brasil todo possa adotar metas”, completa.
A previsão para a redução no estado é positiva, de acordo com Nadia Ferreira. Com a conclusão do gasoduto Coari-Manaus, de 670 quilômetros de extensão, prevista para setembro de 2009, a capital amazonense deve emitir até 30% menos gases do efeito estufa, graças à troca do diesel pelo gás natural como matriz energética.
A ausência de prazos claros de diminuição de emissões é a principal crítica que vem sendo feita por organizações não-governamentais ao projeto do Plano Nacional de Mudança Climática apresentado pelo governo federal em 25 de setembro.
No evento em Manaus, o governo amazonense apresentou seu plano de Plano Estadual de Combate ao Desmatamento, exigência do governo federal a todos os estados da região. O principal foco de preocupação é o sul-sudeste do estado, mais exposto a vetores de desmatamento, como a fronteira agrícola e a exploração madeireira.

Descentralização

De acordo com a secretária de Meio Ambiente, uma das principais frentes do plano é o avanço na descentralização do controle ambiental, por meio do apoio às secretarias municipais. “Queremos apoiar a criação de conselhos e fundos de meio ambiente nos municípios”, explica. Também é prevista a criação de “escritórios multifuncionais” do governo estadual no interior, que permitiriam em um só local o atendimento para demandas ambientais, fundiárias e agrícolas. “Seria um pronto-atendimento ambiental com assistência agrícola, para fomentar as atividades produtivas”, afirma Nadia.
Para implementar as ações do plano, o comitê de elaboração do documento calcula que será necessário um valor de R$ 208 milhões num período de quatro anos. As propostas estão subdivididas em 11 programas. A partir de 10 de novembro o plano ficará aberto à consulta pública.








Ass: Desmatamento Brasil (desmatamentobr.blogspot.com)

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