Lideranças do setor produtivo, produtores, prefeitos, secretários e vereadores dos municípios do Vale do Juruena e do Vale do Arinos, os deputados estaduais Ezequiel Fonseca (PP) e Dilmar Dal’Bosco (DEM) e o deputado federal Neri Geller, reuniram-se em Juína com representantes do IBAMA e SEMA para discutir o desmatamento na região e Operação Disparada.
O encontro aconteceu auditório da Secretaria de Assistência Social do Município de Juína, no período de 14 horas às 15 horas. Segundo os participantes, a reunião foi rápida e objetiva.
Do Ibama compareceu o diretor geral de fiscalização ambiental, Bruno Barbosa, representando a Sema veio Julio Bachega e como representante maior da classe produtora, o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Mato Grosso, FAMATO, Rui Prado.
Falando de maneira firme e com postura de comando militar, Bruno Barbosa, representante do Ibama, disse que o objetivo da reunião era fazer um pacto com os produtores para o Desmatamento e Zero e se isso não for possível, haverá apreensão de gado e confisco de grãos produzidos em áreas desmatadas ilegalmente, na Operação Disparada.
Bruno disse que desmatamento ilegal não tem mais espaço na sociedade brasileira, que precisa haver desmatamento zero na Amazônia e que a vinda ou não da Operação Disparada, depende exclusivamente dos produtores, se houver desmatamento a ação será intensificada, caso os produtores respeitem e não tenha desmatamento ilegal, ele poderá concentrar as ações em outras regiões.
Perguntado sobre ações truculentas do Ibama, Bruno disse que os fiscais do órgão não são truculentos, são firmes.
A reunião teve momentos de tensão entre os participantes, por que o representante do IBAMA se colocava sempre de forma autoritária e até amedrontadora, ele chegou dizer que, no momento, não queria a amizade dos produtores e que nem estava ali para fazer afago, que isso ficava pra depois.
Falando sempre de maneira imponente, disse que os produtores não duvidassem da capacidade de ação do Ibama e que, se houver desmatamento ilegal, o gado será apreendido, os grãos serão confiscados e a propriedade ficará embargada.
Outro ponto em que Bruno foi bastante enfático com relação ao compromisso com os produtores de que não haverá desmatamento ilegal. O diretor disse que se engana o produtor que entender que, se desmatar agora, poderá ser anistiado com o novo Código Florestal.
No final, produtores e autoridades da região presentes na reunião, firmaram um pacto informal, de que não haverá desmatamento ilegal na região e que, cada município fará a sua parte na conscientização do setor produtivo no seu município.
O deputado federal Neri Geller, que foi muito importante na condução da reunião e conseguiu evitar que o clima ficasse mais tenso, disse que nunca defendeu o desmatamento zero, que entende que aquele produtor que não desmatou os 20 2% da sua área, tem direito de desmatar ate completar esse índice, uma vez que a lei diz que a reserva legal é de 80%, ele pode derrubar o que ainda tem direito.
Neri defendeu também, o respeito às AAPPs e a recuperação das áreas degradadas e matas ciliares prejudicadas e foi mais além, “é preciso que o produtor cumpra com o que foi acordado, por que, não adianta nós defendermos a classe produtora em Brasília e eles praticarem desmatamento ilegal.
O parlamentar ainda convocou os prefeitos e vereadores dos municípios da região, para que convoquem a classe produtora de seus municípios assumam o compromisso de não desmatar de forma ilegal.
De Juara participaram do encontro, a presidente da Câmara, Cida Félix, o prefeito Alcir Paulino, os vereadores João do Hospital, Elio Coutinho e Leo Boy, o presidente da ACRIVALE, Tião Piovezan, os advogados ambientalistas, Elco Lima Prado e Silvio Luiz de Oliveira, o técnico Baganha e os produtores Etson e Valter Resolin, Jorge Mariano e Luiz Carlos Sobrinho.
Fonte: http://www.topnews.com.br
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