28 de junho de 2009

Desmatamento: Amazônia perdeu 123 km² de florestas em maio, diz Inpe

Desmatamento: Amazônia perdeu 123 km² de florestas em maio, diz Inpe

BRASÍLIA - O desmatamento na Amazônia atingiu uma área de 123 quilômetros quadrados (km²) no mês de maio, de acordo com relatório do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o Portal Globo Amazônia, a área equivale a sete vezes a Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Se comparado com o mesmo período do ano anterior, quando o Inpe registrou 1.096 km² de desmate, houve queda de 88%.

A cobertura de nuvens na região no período permitiu a visualização de 38% da área, situação melhor do que nos três meses anteriores, quando os satélites só conseguiram observar cerca de 20% da floresta por causa das nuvens.
Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, os 62% cobertura de nuvens explicam apenas em parte a queda no desflorestamento. Ele credita o resultado ao incremento de ações de repressão à ilegalidade ambiental.
- É por causa da nuvem uma ova. Lá em baixo o pessoal tava dando uma dura (nos desmatadores) - disse Minc, reafirmando que este ano o Brasil terá a menor taxa de desmatamento dos últimos 20 anos.
Mato Grosso voltou a liderar a lista de maiores desmatadores, com 61,2 km² de florestas derrubadas em maio, cerca de 50% do total verificado no mês em toda a região. No entanto, o Inpe pondera que a taxa de desmate foi elevada por causa da baixa quantidade de nuvens sobre o território mato-grossense, diferentemente do que ocorreu em outros estados.
"O Amapá, o Pará, o Amazonas e o Acre não puderam ser monitorados adequadamente, pois apresentaram alto índice de cobertura de nuvens no período. O estado de Mato Grosso foi o que apresentou melhor oportunidade de observação, e também onde a maior área de alertas foi mapeada", ressalta o relatório.
Em Roraima, foram desmatados 17,7 km² e no Maranhão, 17,6 km². Os estados de Rondônia e do Pará, que ocupavam os primeiros lugares nos últimos rankings, só aparecem em seguida, com 11,7 km² e 10,5km² de devastação, respectivamente.
A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais.
De agosto de 2008 até maio de 2009, o Deter já registrou 2.957 km² de desmatamento na Amazônia. No período anterior (agosto de 2007 a maio de 2008) a soma foi de 6.952 km².
A redução verificada pelo Deter pode sinalizar queda na taxa anual de desmatamento, medida pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). O número atual é de 11,9 mil km².

O Globo








Ass: Desmatamento Brasil (desmatamentobr.blogspot.com)

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