Queimada faz cortina de fumaça encobrir Corumbá
O sábado em Corumbá, que enfrenta forte período de estiagem (não chove há mais de dois meses na cidade), é de muita fumaça proveniente das queimadas. Toda a cidade está encoberta pela fumaça.
Além disso, a fuligem das queimadas deixa rastros de sujeira nas ruas, calçadas e casas. "Foi impossível lavar roupa hoje e estender no varal. As peças num instante ficavam sujas. Era perda de tempo e acabei desistindo de fazer o serviço. Vai acumular tudo, mas fazer o quê?", disse a dona de casa, Áurea Costa.
Já a comerciária, Rosa Silva, chegou em casa na hora do almoço, e viu a varanda tomada pela fuligem. "Pior que não adianta nem limpar, porque as cinzas continuam caindo. Esse tempo também afeta a saúde da gente. Tá muito seco, fica difícil até respirar. Aqui em casa, estou colocando vasilhas com água em tudo quanto é canto. São Pedro precisa mandar logo a chuva pra gente", afirmou ao Diário.
Corumbá já acumula 551 focos de incêndios florestais nesta primeira quinzena de maio, aponta o monitoramento da Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), vinculado ao Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE).
Ao longo do ano, os 14 satélites do INPE identificaram 2.406 focos de queimadas no principal município do Pantanal sul-mato-grossense. A incidência de focos fora de época – geralmente a situação se agrava a partir de agosto – é preocupante. Corumbá lidera o ranking de queimadas em Mato Grosso do Sul com a absurda média de 17,8 focos de queimadas por dia. Complicam ainda mais o quadro crítico os incêndios florestais no lado boliviano. (http://www.diarionline.com.br/)
Ass: Desmatamento Brasil (desmatamentobr.blogspot.com)
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