30 de outubro de 2008

Ritmo de desmatamento da Amazônia cai 22% em setembro, revela Inpe

Ritmo de desmatamento da Amazônia cai 22% em setembro, revela Inpe

O ritmo de desmatamento da Amazônia em setembro foi 22% menor do que em agosto, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta quarta-feira (29).
Por meio de imagens de satélites, os técnicos do instituto calcularam que 587 quilômetros quadrados de floresta foram derrubados ou sofreram degradação florestal durante o período. A área equivale a cerca de um terço do município de São Paulo. Em agosto, o total desmatado foi de 756 km².
A medição faz parte do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que identifica apenas as áreas com área maior que 2.500 m². Devido à cobertura de nuvens, apenas 77% da Amazônia Legal pôde ser vista nas imagens analisadas. Os estados que ficaram mais encobertos foram o Amapá (92%) e o Pará (63%).
O índice de desmatamento foi semelhante ao registrado no mesmo mês de 2007, com uma queda de 3%. Em setembro do ano passado, o Inpe registrou 603 km² de devastação. Se comparado à média dos últimos 12 meses (722 km²), o índice caiu 18%. Todos os focos de desmatamento detectados em setembro já podem ser vistos de forma simples e amigável no mapa interativo Amazônia.vc, que mostra os pontos de destruição da floresta e possibilita aos internautas protestar contra queimadas e desmatamentos. O estado que mais perdeu áreas de mata foi Mato Grosso, onde foram desmatados 216 km² de floresta amazônica, segundo o Inpe. O Pará está em segundo lugar, com 127 km², seguido pelo Maranhão, onde houve 97 km² de devastação.

Minc

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, deve comentar ainda nesta quarta-feira os dados de desmatamento. Na semana passada, ele já havia citado que deveria haver uma diminuição no índice. "O próximo mês (setembro) vai ficar abaixo da média dos últimos três meses, que foi de 650 quilometros quadrados", disse Minc a jornalistas na ocasião, depois de participar da primeira reunião do Comitê Orientador do Fundo Amazônia na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no centro do Rio de Janeiro. "Isso não me alivia porque queremos desmatamento zero", acrescentou

Alerta

O sistema Deter é desenvolvido para dar apoio às fiscalizações contra crimes ambientais. Como consegue detectar áreas em que a floresta ainda não foi totalmente derrubada, ele permite que providências sejam tomadas antes que toda a mata seja derrubada. O balanço anual e consolidado do desmatamento na Amazônia é medido pelo sistema Prodes, também do Inpe, que tem resolução melhor e consegue detectar focos menores de destruição. Os dados desses sistema são divulgados pelo instituto no final do ano.

Ass: Desmatamento Brasil (desmatamentobr.blogspot.com)

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