13 de agosto de 2008

Transamazônica (BR-230)

Árvores mortas para nada



No início dos anos 70, quando o Brasil vivia o período da ditadura militar e a falsa impressão do “milagre econômico”, Médici, empolgado com o arranque da economia, criou um projeto faraônico: a transamazônica. A rodovia deveria ser pavimentada com 8 mil quilômetros de comprimento, conectando as regiões Norte e Nordeste do Brasil, além do Peru e do Equador. Quando a idéia foi posta em prática, surgiram inúmeros problemas. Primeiro, os trabalhadores ficavam completamente isolados e sem comunicação por meses. Outro aspecto foi o fato da rodovia estar em pleno coração da Amazônia, onde sem recursos, muitos trabalhadores morreram devido à doenças transmitidas por animais silvestres. Tudo isso aliado à falta de planejamento e direção da obra, além dos recursos insuficientes e a situação econômica posterior, transformaram a obra em uma dos maiores fracassos e desperdícios da história do Brasil. Os motivos que levaram o governo brasileiro a tomar a decisão do projeto foram a falsa crença do milagre econonômico, a vontade de criar obras que causassem impacto e reforçassem a idéia do "Brasil potência" e a localização geográfica estratégica da Amazônia, já que na época da ditadura militar, assegurar a soberania nacional era fundamental. Hoje em dia, a Tranzamazônica (BR-230) é sinônimo de problemas. A maioria de sua parte não é pavimentada, sendo intransitável nos períodos de chuva. Além disso, a rodovia provocou o aumento do desmatamento, uma vez que facilita o acesso ao interior da Amazônia. Outros problemas relacionados à obra ainda podem ser citados, como o aumento da violência rural e da prostituição, e a questão indígena.



Por Tiago Dantas
Equipe Brasil Escola.com






Ass: Desmatamento Brasil (desmatamentobr.blogspot.com)

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